(...) Poe sai da casa dos Allan e vai para uma hospedaria, de onde escreveu para que lhe enviassem suas roupas e objetos pessoais. Os dois, pai e filho adotivos, chegaram a trocar muitas cartas, mas não chegaram a se reconciliar.
O poeta decide ir de navio para Boston, a então capital literária dos Estados Unidos, acompanhado de um amigo, Ebenezer Butling, que desembarca antes, em Norfolk. Ao que parece, a mulher e a cunhada do Sr. Allan mandaram secretamente um escravo entregar a ele uma pequena quantia em dinheiro, antes de sua ida. Em Boston, Poe trava conhecimento com um jovem de nome Calvino F. S. Thomas, que havia entrado há pouco tempo no negócio de impressão, e através dele consegue imprimir um livreto com o título de Tamerlão e Outros Poemas, usando o codinome de "Um Bostoniano". Como não tinha dinheiro para pagar ao impressor, a circulação do livro foi interrompida. O próprio poeta chegou a guardar apenas uns poucos volumes para si.
Totalmente sem dinheiro, Poe toma a desesperada decisão de se alistar no exército, o que ocorreu em 26 de maio de 1827, sob o nome falso de Edgar A. Perry. Foi destacado para o 1º Batalhão de Artilharia dos Estados Unidos, e passou o verão daquele ano no acampamento do Forte Independência, no Porto de Boston. No final de outubro, vai com seu regimento para o Forte Moultrie, Charleston, Carolina do Sul. Entre novembro de 1827 e dezembro de 1828, o poeta cumpre seus deveres de soldado no Forte. Como o Forte ficava na ilha de Sullivan, na entrada do Porto, o poeta passava suas horas de lazer passeando pela praia, escrevendo poesias e lendo.
Poe exercia funções burocráticas, pois seus superiores militares logo notaram que ele se sairia melhor com essas tarefas do que com canhões. Devido às suas atribuições, mantinha estreitos contatos com seus superiores. Era diligente, sóbrio e inteligente, e logo foi promovido. Foi destacado para funções especializadas, sendo esse o primeiro passo para deixar de ser um soldado raso.
Mas o poeta sentiu que estava desperdiçando sua vida. Em 1828, ele volta a enviar cartas ao pai adotivo, pedindo por uma reconciliação, porém este não aceitava as tocantes e suplicantes cartas do filho, e Poe continuou em seu posto. No final de dezembro daquele ano, Poe segue com seu regimento para o Forte Monroe, na Virginia.
O poeta decide ir de navio para Boston, a então capital literária dos Estados Unidos, acompanhado de um amigo, Ebenezer Butling, que desembarca antes, em Norfolk. Ao que parece, a mulher e a cunhada do Sr. Allan mandaram secretamente um escravo entregar a ele uma pequena quantia em dinheiro, antes de sua ida. Em Boston, Poe trava conhecimento com um jovem de nome Calvino F. S. Thomas, que havia entrado há pouco tempo no negócio de impressão, e através dele consegue imprimir um livreto com o título de Tamerlão e Outros Poemas, usando o codinome de "Um Bostoniano". Como não tinha dinheiro para pagar ao impressor, a circulação do livro foi interrompida. O próprio poeta chegou a guardar apenas uns poucos volumes para si.
Boston - Século XIX |
Exemplar de Tamerlão e Outros Poemas |
Totalmente sem dinheiro, Poe toma a desesperada decisão de se alistar no exército, o que ocorreu em 26 de maio de 1827, sob o nome falso de Edgar A. Perry. Foi destacado para o 1º Batalhão de Artilharia dos Estados Unidos, e passou o verão daquele ano no acampamento do Forte Independência, no Porto de Boston. No final de outubro, vai com seu regimento para o Forte Moultrie, Charleston, Carolina do Sul. Entre novembro de 1827 e dezembro de 1828, o poeta cumpre seus deveres de soldado no Forte. Como o Forte ficava na ilha de Sullivan, na entrada do Porto, o poeta passava suas horas de lazer passeando pela praia, escrevendo poesias e lendo.
Poe exercia funções burocráticas, pois seus superiores militares logo notaram que ele se sairia melhor com essas tarefas do que com canhões. Devido às suas atribuições, mantinha estreitos contatos com seus superiores. Era diligente, sóbrio e inteligente, e logo foi promovido. Foi destacado para funções especializadas, sendo esse o primeiro passo para deixar de ser um soldado raso.
Certificado de Alistamento Militar de Poe |
Mas o poeta sentiu que estava desperdiçando sua vida. Em 1828, ele volta a enviar cartas ao pai adotivo, pedindo por uma reconciliação, porém este não aceitava as tocantes e suplicantes cartas do filho, e Poe continuou em seu posto. No final de dezembro daquele ano, Poe segue com seu regimento para o Forte Monroe, na Virginia.
Como seu tutor não lhe concedia permissão para voltar para casa em Richmond, ele tem a ideia de ir para a Academia Militar de West Point. Alguns dos oficiais de seu regimento, e também um certo cirurgião, se interessaram por ele e resolveram pressionar o Sr. Allan no sentido de ajudar Poe na sua resolução. Em 1829, o jovem poeta é promovido ao mais alto posto concedido a um alistado, o de sargento-mor de seu regimento.
As cartas de Poe para casa ficaram mais insistentes e a Sra. Allan vivia rogando ao marido para que lhe deixasse ver o filho. Apesar de todas essas pressões, o Sr. Allan se mostrava irredutível.
Dois anos após Poe ter saído da casa dos Allan, a Sra. Frances Valentine Allan veio a falecer. Enquanto esteve doente, a Sra. Allan pedia para ver "o seu menino", mas o marido, embora sabendo que Poe tinha se alistado no Exército, dizia não saber onde ele se encontrava. Quando resolveu mandar chamar o filho, que estava a poucas milhas de Richmond, já era tarde.
As cartas de Poe para casa ficaram mais insistentes e a Sra. Allan vivia rogando ao marido para que lhe deixasse ver o filho. Apesar de todas essas pressões, o Sr. Allan se mostrava irredutível.
Dois anos após Poe ter saído da casa dos Allan, a Sra. Frances Valentine Allan veio a falecer. Enquanto esteve doente, a Sra. Allan pedia para ver "o seu menino", mas o marido, embora sabendo que Poe tinha se alistado no Exército, dizia não saber onde ele se encontrava. Quando resolveu mandar chamar o filho, que estava a poucas milhas de Richmond, já era tarde.
A Sra. Allan faleceu antes da chegada de Poe à casa. O Sr. Allan sequer atendeu ao pedido da esposa, de que não a enterrasse antes que o filho de criação chegasse para vê-la. Quando Poe chegou à casa, poucas horas após o enterro, a pessoa a quem ele mais amava estava em uma sepultura. Consta que a angústia do poeta diante do túmulo da mãe adotiva foi extrema.
Esses fatos afastaram definitivamente Poe de seu tutor.
Esses fatos afastaram definitivamente Poe de seu tutor.
Olá, boa tarde!
ResponderExcluirTomei ciência da existência do seu blog lendo uma postagem no "Escritos Lisérgicos" do Cristian e vim conhecê-lo, aliás, meus sinceros parabéns! Gostei muito, tanto que já sigo.
Abraço.
Olá, Vendedor de Ilusão. Bom dia. O Christian foi muito gentil e muito parceiro em mencionar este espaço dedicado a Poe. Sou muito grata a ele. Agradeço a você também pelas palavras e por acompanhar este blog.
ExcluirMuito Obrigada.
Só hoje tive um pouco de tempo e vim conhecer seu novo blog. Estou amando.
ResponderExcluirBeijos!!!!
Oi, Janice! Menina, que bom te ver aqui! To muito feliz. Acho que você vai gostar de Edgar Allan Poe... Acho não, sei que vai, rs...
ExcluirMuito obrigada.
Beijo!
Mas olha só, não conhecia este teu blog. Magnífico! O Mestre merece. Parabéns! Bjo
ResponderExcluirOi Reiffer. Ah que legal você aqui! Eu reativei o blog este mês, dia 7. Obrigada pelo elogio. Espero te ver mais aqui.
Excluirabraço!
Ligéia,
ResponderExcluirVim até o seu blogue por sugestão do Christian V. Louis e fiquei encantada.
Primeiro porque gosto muito de Edgar Allan Poe e segundo porque você escreve de uma maneira muito envolvente e absorve o leitor.
Será um prazer acompanhar as suas publicações.
Conheço muito pouco sobre a vida desse escritor. Aliás, depois de ler os três textos, acho que não conheço nada sobre ele.
Parece ser uma história bastante triste e trágica...
Com certeza, vou aprender bastante por aqui.
Um abraço
Olá, Isa. Agradeço imensamente a sua presença, e também o seu interesse pela obra de Poe, que é meu escritor estrangeiro preferido, meu primeiro ídolo literário (o segundo é Machado de Assis, rs). Sempre fico muito feliz quando encontro alguém que gosta dele.
ExcluirA história de Edgar Allan Poe é repleta de acontecimentos trágicos, incomuns, o que provavelmente teve muita influência em sua obra. Não sei, uns dizem que sim, outros dizem que não. Vamos ver, não é? rs.
Muito obrigada, estou lisonjeada com suas palavras.
um abraço.
Estou adorando conhecer a historia de Poe, uma vida cheia de desafios e tragedias. Beijinhos.
ResponderExcluirEle teve uma vida curta, mas com tantos acontecimentos trágicos, coitado. Eu me emociono com a história dele.
ExcluirVou te contar um segredo: acho que sou apaixonada por ele... rsss
beijos!!
Imagino a tristeza dele em não poder se despedir da mãe adotiva que tanto amava,maldade do tutor.Beijinhos
ResponderExcluirTriste demais, Verinha. O Sr. Allan era um homem muito duro (o que tinha de bonitão tinha de ruim!... rs)
ResponderExcluirVem mais por aí.
um beijo!